Você já ouviu aquela frase que está circulando nas redes: "Se você aluga um imóvel, está explorando o inquilino"?
Pois é, nós, LOCADORES, temos escutado cada vez mais esse tipo de afirmação que mistura ignorância econômica com um discurso enviesado, que tenta transformar um serviço LEGÍTIMO em vilania. Mas vamos fazer uma analogia simples:
Se alugar um imóvel é exploração, então pedir uma pizza é o quê? A pizzaria compra os ingredientes, paga energia, salário dos funcionários, estrutura o serviço, lida com burocracias e entrega até sua casa. E no fim, tem lucro. Isso é errado? Claro que não. É o que qualquer atividade econômica exige: investimento, risco, serviço prestado e retorno justo.
O locador faz o mesmo. Investe pesado: compra ou constrói o imóvel, paga ITBI, escritura, IPTU, condomínio, reformas periódicas, manutenção e, ainda assim, depende de fatores externos como localização, demanda, sazonalidade e inadimplência. Tudo isso para que outra pessoa tenha um teto seguro, sem precisar comprometer seu crédito ou assumir dívidas de longo prazo. Isso não é exploração. Isso é prestação de serviço com responsabilidade.
Esse tipo de discurso que circula nas redes não apenas distorce a realidade, mas também desacredita o papel fundamental que o pequeno e médio investidor imobiliário exerce na economia do país. Muitos locadores são pessoas físicas, aposentados, famílias que lutaram anos para ter um patrimônio e hoje dependem do aluguel como complemento de renda. Reduzir tudo isso a uma caricatura ideológica é não apenas injusto — é perigoso.
Numa sociedade com déficit habitacional grave, onde nem o Estado consegue suprir a demanda por moradia digna, o mercado de locação exerce uma função SOCIAL. Sim, social. Ele viabiliza mobilidade, acesso a bairros melhores, habitação temporária para quem está recomeçando ou para estudantes, profissionais em trânsito e famílias que precisam de flexibilidade. Cada imóvel alugado é uma oportunidade aberta.
Explorar seria cobrar preços abusivos, descumprir contrato, abandonar manutenção ou agir de má-fé. Mas exigir um retorno justo sobre seu investimento? Isso é economia funcionando. Isso é liberdade de mercado dentro da lei. Isso é cidadania ativa.
Portanto, da próxima vez que alguém repetir essa falácia de que "alugar é explorar", responda com argumentos, com dignidade e com essa simples analogia: se preparar uma pizza e vendê-la por um preço justo não é exploração, então alugar também não é.
Aliás, o lucro não é um problema — ele é o que move o mundo. E no caso do aluguel, ele sustenta famílias, preserva patrimônios e viabiliza oportunidades.
Você, locador, já foi acusado de "explorar" por alugar seu imóvel? Já se sentiu injustiçado ou inseguro diante desses discursos? Deixe seu relato nos comentários. Vamos construir juntos um espaço de respeito, informação e valorização da figura do locador consciente.
Seu imóvel, sua escolha. Seu patrimônio, sua responsabilidade. Seu aluguel, seu direito.